Ele se deita, se ajeita em seu leito e se afeita nos pensamentos
Recolhe-se coberto, bem perto, bem certo de todos seus feitos
Se enrola pra dentro, sereno, sedento por ares espertos
Amarra seu jeito, seu peito em rimas desertas
E então desenrola, rebola na dança da noite
Uma cantiga, uma amiga, sereia no açoite
Bem quente, ele sente um adeus de repente
E aquele repente, que nunca se atenta
Pra se descobrir num tão de repente
Como uma serpente, num tão deprimente
Olhar reclinante
Céu lacrimejante
Amor tolerante
E o adeus adiante
Nenhum comentário:
Postar um comentário