terça-feira, 19 de abril de 2011

Cópia autêntica

Não foi o melhor texto que eu fiz na vida, mas é o suficiente pra manter isso aqui relativamente atualizado.
Esse texto foi feito para a faculdade e o intuito era ter um caráter informativo. Não podia usar adjetivação e nem manter parcialidade. Esse foi o máximo que eu consegui fazer tentando seguir esses padrões sem ser sem graça:

Cópia autêntica

Um dos mais consagrados diretores iranianos lança seu primeiro longa filmado fora de seu país natal. Abbas Kiarostami, diretor de Gosto de Cereja, vencedor da Palma de Ouro em 1997, e de O Vento nos Levará, que levou prêmio especial no júri do Festival de Veneza de 1999, escolheu a Itália como palco de seu novo filme, Cópia Fiel (Copie Conforme).

Na nova obra de Kiarostami, cujo cenário são as ruelas de um vilarejo próximo à Toscana chamado Lucignano, James Miller, interpretado por William Shimell, é um escritor e teórico de arte. O que ele aborda em seu livro é justamente o tema da história contada: a relação entre cópia e original.

A protagonista é Elle (Juliette Binoche), uma francesa cujo filho sagaz a tira do sério algumas vezes durante o dia retratado. Ela vai à cerimônia de lançamento do livro de Miller na Toscana e, após deixar com ele seu número de telefone, Elle consegue um encontro para discutir conceitos de verdadeiro, falso, de autenticidade, originalidade e identidade. Sugere a ida a uma cidadela próxima para mostrar ao autor uma “cópia autêntica” da Monalisa e, em meio aos diálogos, ambos passam a encenar – ou reviver – um matrimônio.

James atesta sua opinião à importância da cópia enquanto condutora do espectador ao autêntico, ao original – conceito que ele próprio questiona por se perguntar se nem tudo já foi inventado e se não há agora apenas possibilidades de recriações – e estende essa reflexão ao campo das relações humanas.

Assim, a relação entre o casal de amigos, conhecidos, desconhecidos ou divorciados e a exploração da feminilidade e da temporalidade pelo diretor deixam no ar uma dúvida quanto ao fato de os dois terem sido, verdadeiramente, algum dia, um casal, ou de estarem apenas fingindo um para o outro quase o filme inteiro. Quiçá uma possível encenação dos dois pudesse representar a perfeita cópia de tantos matrimônios, ou então sua história única talvez aludisse à originalidade e à identidade de cada um.

De qualquer forma, a dúvida permanece no ar. Mas não é nem esse o ponto. Considerando o tema essencial do filme, que é a importância que tem o olhar sobre uma obra de arte para atribuir-lhe um significado e um entendimento, não é possível encontrar uma resposta certa, verdadeira. Ou uma resposta autêntica.

domingo, 10 de abril de 2011

Último dia em Paris


"Et puis, quelque chose est arrivé, quelque chose difficile de décrire. Assise là et être seule dans un pays étrangé, loin de mon travail et de tous les gens que je connais, un sentiment est venu a moi. C'était comme si je me souvenais de quelquechose que je n'ai jamais connu ou que j'avais attendu toujours. Mais je n'ai savais pas quoi. Peut-être c'était quelque chose que j'avais oublié ou quelque chose qui me manquais toute ma vie. Seulement je peux vous dire que j'ai senti au même temps la joie et la tristesse. Mais pas trop tristesse. Parce que je me sentais vivante. Oui, vivante. Ça c'était le moment où j'ai commencé à aimer Paris et le moment où j'ai senti que Paris m'aimais aussi."