Sem mais, pensava em lhe dizer adeus sem nem sequer pensar em correr mais um risco. Achara-se em pleno encantamento com a vida interior e particular, e agora perdia-se na desilusão de se encontrar refletida em outra face.
Sem mais, tentava encontrar qualquer razão que lhe desse razão para um fim. E era num refrão de repetidos nãos que se achava por fim de cara com um sim. Tentava encontrar razões e perdia-se na ausência da resposta que lhe ostentasse um motivo, ou um simples não. Ao invés, viu-se de frente a um muro de coragem, um muro anti-perspectiva ou preservação.
Sem mais, deitava-se em frente ao muro e via nada além do céu, que por falta de água refletia sua imagem. Por volta do muro, pensava uma saída, e ainda deitada, vislumbrava e sonhava um esquivo, a falta da decisão, um regresso passivo. No fim, excluía de uma história o personagem, que de tão ostensivo, e de tão agressivo, induzia corriqueira auto-sabotagem.
Sem mais, implorava por um espaço no peito, um espaço no colo, um espaço lascivo, uma hospedagem. Implorava um espaço na pele, fosse adesivo, fosse tatuagem.
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